sábado, outubro 15, 2011

O ateísmo de Dawkins é irrelevante?

No seu mais recente livro dirigido às crianças, The Magic of Reality, Richard Dawkins lamenta o facto de muitas pessoas inteligentes terem dificuldade em aceitar que peixes evoluíram para pescadores, que lobos/vacas evoluíram para baleias, e que dinossauros evoluíram para colibris.

A sua Fundação explica:

Será que, sugere ele [Dawkins], nós nos tornamos "sobrepujados pela familiaridade enganadora?". Ele coloca as culpas na filosofia do essencialismo - de Aristóteles e Platão - que assegura que as categorias são distintas e com claras demarcações entre si.

A grande magia da evolução [sic], ressalva ele, é a forma como uma coisa, e de forma muito lenta, se pode tornar noutra. Dado o tempo suficiente, uma célula pode-se tornar num olho, num elefante ou num homem.

Claro que uma célula se pode tornar num olho, num elefante ou num homem. Não é isto mais do que óbvio? O falhanço dos evolucionistas em explicar de modo factual como é que isto aconteceu não é perturbador uma vez que o problema é demasiado complicado.

Este tipo de declaração é difícil de inventar. Ele acredita mesmo nisto.

Portanto, o que temos aqui é um dos líderes da religião evolucionista confuso pelo facto de pessoas inteligentes não marcharem com ele para o mar. Não é mais do que óbvio que uma célula pode-se transformar espontaneamente num elefante?

O ateísmo do professor Dawkins é central no seu fervor. Isto não se pode tornar numa distracção.
Ou seja, não só o ateísmo de Dawkins não é uma distracção, como o mesmo é irrelevante uma vez que quando ele fala acerca da evolução Dawkins é motivado pelo seu Teísmo e não pelo seu ateísmo.

As convicções de Dawkins não são as de que a evolução deve ser verdade porque Deus não existe, mas sim a evolução deve ser verdade porque Deus nunca faria o mundo biológico da forma como ele está. Tal como os ateus um pouco por todo o lado, Dawkins não acredita em Deus mas sabe tudo sobre Deus. Isto é pura metafísica.

Dawkins alega que as estruturas biológicas nunca poderiam ter sido planeadas por um Alguém com capacidade para criar o mundo. "Designer inteligente algum" ele assegura "faria as coisas desta forma."

Isto, claro, não é uma alegação científica. Dawkins, tal como todos os militantes evolucionistas, é motivado pela sua metafísica. Ele, posteriormente, tenta negar este facto [isto é, "o meu ateísmo é secundário, mas eu sei que Deus nunca faria as coisas assim!"].

Se os evolucionistas estão certos de que nenhum designer inteligente faria as estruturas tal como elas estão, então, sim, a evolução (duma forma ou outra) é auto-evidente. Mas tudo isto está assente na sua premissa não-científica ["Deus nunca faria as coisas desta forma"]. Sem esta premissa, tudo o que nós temos é a alegação ridícula de que células espontaneamente se transformam em elefantes.

A discussão entre a criação e a evolução não é uma entre a"ciência" e a "religião" mas sim duas interpretações metafísicas dos dados disponíveis. A diferença é que a interpretação criacionista está de acordo com os dados.

-Fonte-


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